terça-feira, julho 22, 2003

Talvez "bater no ceguinho"
Li agora na TSF uma notícia bem interessante, se vista em conjugação com o post anterior.
Em resumo, e no primeiro semestre do ano, o comércio tradicional registou uma diminuição das vendas, em contraposição com as grandes superfícies, que fizeram mais negócio.
O interessante da coisa é que, enquanto a associação das grandes superfícies quantifica o crescimento (mais 4,8 por cento, correspondentes a um bolo total de 3.029 milhões de euros no sector alimentar), os representantes do comércio tradicional (União das Associações do Comércio e Serviços e Associação dos Comerciantes do Porto) falam de crise e apontam quebras entre os 40 e os 60 por cento (!). Números, todavia, nada... zero!
Os dirigentes falam mesmo de situações em que não está a ser pago o subsídio de férias aos trabalhadores e culpam, claro!, o Pagamento Especial por Conta.
Insisto no que já escrevi: se têm tanta diminuição de vendas, ainda vendem alguma coisa? Ou já têm que ser os clientes a depositar coisas nas lojas?
Algumas perguntas finais: apesar da crise (que é óbvio que existe), como se explica o crescimento de vendas nas grandes superfícies? Não será resultado de uma transferência do comércio tradicional? E por que será?

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