segunda-feira, julho 28, 2003

Sobre os incêndios
Ouvi há pouco numa televisão qualquer alguns populares a queixarem-se da acção (ou da falta dela...) dos bombeiros no incêndio do Fundão. Os homens estavam naturalmente desesperados por verem arder as suas riquezas, mas, francamente, custa-me pouco a acreditar que haja algo de verdade no que disseram.
De facto, parece impossível que não seja possível fazer (um pouco que seja) mais no combate aos incêndios florestais. Já nem me refiro a tudo o que seria possível fazer no que respeita ao ordenamento das matas, mas a uma efectiva prevenção. Lembro-me de, não há muitos anos, tudo quanto era comunicação social ter feito alguma "propaganda" de um invento nacional que permitiria antecipar os fogos, a partir de sensores colocados nas florestas e na análise das previsões meteorológicas.
Li, e não me lembro em que blog, uma interessante reflexão em torno do "negócio do fogo". Daquilo se pode dizer que se não for assim, é pelo menos bem provável: quantos ganham com os fogos?
Ganha quem os ateia, seja lá pelo que for que o faça.
Ganha quem os combate, pelo menos as empresas dos "meios aéreos".
Ganha quem altera o uso do solo depois dos incêndios.
E ganha muita gente que faz carros de bombeiros (e não serão [ou terão sido...] alguns desses empresários bombeiros?)
Neste "negócio" há muito a ganhar. E quem perde nem saberá por que perde...
Se o problema fosse encarado de outra maneira (e não apenas em cima da "época dos fogos"), Portugal escusaria de ser obrigado a pedir ajuda à Espanha...

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