quarta-feira, dezembro 20, 2006

Eu li!
É verdade que não é politicamente correcto.
Politicamente correcto é dizer, garantir, jurar, que não senhor, que não se leu nem vai ler, que 'aquilo' é só lixo, que é indecente, que é baixo nível, que... sei lá! o argumentário para o 'não li' é interminável!
Mas li. E li de um fôlego só, que aquilo está impresso em letra grande.
Aquilo será, de facto, 'baixo nível', será vingança, será ajuste de contas, será o que quiserem... Mas tem 'matéria', lá isso tem!
Num país, digamos, decente, todos os nomeados estavam já ou 'dentro' ou a 'piar' tudo o que sabiam. Ou eles ou Carolina Salgado, a autora, tinham já prestado as contas todas sobre o que ali se relata.
Mas não! Estamos em Portugal...
Aquilo que li fez-me lembrar o que já lera há uns largos anos (largos anos têm 100 dias...). Chama-se 'Golpe de estádio', versa a mesma agremiação e as suas 'conquistas', foi escrito por um jornalista chamado Marinho Neves e não teve consequências (tenho uma vaga ideia que a única consequência foi precisamente a perseguição ao seu autor...).
Agora, suspeito que a única consequência do 'Eu, Carolina' vai ser a detenção do dono do 'Calor da noite'...

Em tempo: Informação da própria editora (Terramar) dá conta da disponibilidade do 'Golpe de estádio' a partir de Janeiro próximo
Adenda (em 16/Janeiro): Já está disponível, confirmou-me a Terramar com um mail muito amável

terça-feira, dezembro 12, 2006

O princípio do fim?
Só hoje li, com algum pormenor, a parte conhecida da documentação relativa à questão Eduardo Cintra Torres/Público vs. ERCS (Entidade Reguladora da Comunicação Social.
Não sei bem porquê (?), mas veio-me à ideia o que escrevi aqui, vai para quase dois anos:
"Primeiro vieram prender os comunistas, e eu não levantei a minha voz porque não era comunista. Depois vieram prender os sindicalistas e os socialistas, e eu não levantei a minha voz porque não era nem uma coisa nem outra. Depois vieram prender os judeus, e eu não levantei a minha voz porque não era judeu. Depois vieram prender-me e já não restava ninguém para levantar a voz por mim. Martin Niemöller, pastor luterano alemão, preso a 1 de Julho de 1937 pelos nazis e enviado para os campos de concentração de Sachsenhausen e Dachau"
É... Pode não parecer, mas é a liberdade de expressão que está em causa, 'às mãos' de supostos conhecedores da matéria. Conhecedores e independentes... claro!

quinta-feira, junho 08, 2006

Acabe-se com a "Casa do Gaiato"!
Hoje, em duas páginas sucessivas do 'Diário de Notícias' e depois também (pelo menos) na SIC, duas notícias fizeram tocar na minha cabeça uma campaínha que não ouvia há longos meses (leia-se encontrar assunto para vir aqui voar um pouco).
Escreve o DN e diz a SIC que a "Casa do Gaiato" de Setúbal foi palco de várias acções de maus tratos sobre menores e que uma auditoria da Procuradoria-Geral da República ilibou todos os suspeitos de um caso de maus tratos sobre uma bebé, que levaram a 'Fátima Letícia' ao estado de coma profundo.
Eu pasmo! E revolto-me!
Maus tratos são maus tratos e, como tal, devem ser punidos. Na "Casa do Gaiato" ou em qualquer outro lugar e/ou instituição. Mas convinha saber o que são maus tratos e, sobretudo, não proceder a julgamentos e condenações na praça pública.
E convinha, principalmente, que o Estado estivesse acima de qualquer suspeita. Mas não está!... Está até muito longe disso.
Vejamos:
A "Casa do Gaiato" existe há largas décadas para tirar rapazes da rua (como definiu o seu fundador, Padre Américo). Fá-lo melhor ou pior, mas sem qualquer apoio do Estado.
Desde há algum tempo (creio que anos...), anda 'no ar' a sensação de que o Estado, precisamente porque 'aquilo' lhe escapa ao controlo, quer entrar por ali dentro e ditar as suas regras. (A propósito... Lembram-se daquela recém-nascida que foi 'roubada' em Penafiel? Sabem como se chama o hospital (público!)? Pois... chama-se 'Padre Américo'...
Ora, este mesmo Estado revela-se, por seu lado, incapaz de tomar conta das crianças e jovens que estão (ou deviam estar) ao seu cuidado.
Não é preciso recuar muito, nem consultar muitos jornais antigos. Basta o exemplo de hoje, da Fátima Letícia: a família desta bebé de 50 dias (sim! cinquenta dias) estava a ser acompanhada pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Viseu, mas a bebé foi sistematicamente sujeita a maus tratos e até a violação, dando entrada por quatro vezes no hospital (público!) da cidade.
Quando estes factos vieram a público, foram determinadas inspecções às entidades com interferência no caso. A inspecção conjunta dos Ministérios do Trabalho e da Justiça concluiu que (e cito o DN) "O tratamento posterior do assunto por parte das técnicas (da CPCJR) revelou-se ineficaz no sentido de garantir a adequada protecção à menor". A Inspecção Geral de Saúde, por seu turno, considerou que (e cito novamente o DN) "Foi a comissão de menores que não valorizou devidamente os elementos que lhe foram transmitidos pelo Hospital de São Teotónio".
E que conclui agora a Procuradoria-Geral da República? Pois...
Conclui que (nova citação do DN) "Os factos precipitaram-se num contexto de grande imprevisibilidade. (...) Não deverá ser efectivada qualquer responsabilidade em relação à comissão".
A culpa, obviamente, foi da Fátima Letícia!
Meus amigos que por acaso me lerem... Se concluem que os vários sectores do Estado se protegem uns aos outros e que procuram alvos para onde desviar as atenções, desenganem-se! São apenas coincidências...
E, verdade verdadinha... o que faz mesmo falta é fechar a "Casa do Gaiato"!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Um presidente na clandestinidade
Sua Excelência o (felizmente quase ex-) Presidente da República que é Portugal terá visitado hoje o concelho de Nelas, no distrito de Viseu.
Escrevo 'terá visitado', porque até à hora em que escrevo estas linhas não tive oportunidade de ver qualquer imagem da sua presença naqueles domínios. Oriento-me, apenas e só, pelo que ouvi na TSF.
E o que ouvi brada aos céus...
Com efeito, ouvi que a viatura de Sª Exª se deslocou incógnita (!) até ao local da primeira (e única?) visita, só aí sendo colocada a bandeira respectiva (e julgava eu que obrigatória).
De facto, só em Portugal! Um Presidente da República que admite não ter liberdade de circulação no território nacional, que esconde o programa da sua visita e que, cúmulo dos cúmulos, esconde o carro em que se desloca!...
Não é possível! Não é normal!
Ainda iremos a tempo de mudar isto tudo?

terça-feira, fevereiro 07, 2006



Compreendem agora?
Via ' Blasfémias' chego a esta imagem...
Compreendem agora o que está em causa, ou é preciso mais argumentos?
Compreendem agora o que está em causa? Pois é!
Há uma guerra de civilizações em curso. Ou têm outra explicação para o facto de cartoons publicados em Setembro passado (sim, quase seis meses!) terem agora esta 'reacção'?
É normal? É normal que apareçam, do nada, tantas bandeiras para queimar?
Não! Claro que não é normal. 'Isto' corresponde a uma estratégia, como é evidente para quem conheça apenas rudimentos de História.
Como não é normal (ou será?...) que a nossa 'avançada' e 'aberta' sociedade ocidental aceite dobrar-se à intolerância e à ditadura de ditadores (desculpem o pleonasmo).
O que faltava, nesta sucessão de disparates era o Ministério dos Negócios Estrangeiros português armar-se em guardião de uma qualquer 'moral'...
Quem se julga Freitas do Amaral?

quinta-feira, fevereiro 02, 2006


Somos todos dinamarqueses
Soa de mais a frase feita, mas é preciso!
Quem defende a liberdade não pode ficar quieto e muito menos calado!
Aqui, pode assinar uma petição.
Aqui e aqui, pode recolher material para fazer o que fiz: exercer a liberdade.

É preciso avisar toda a gente
Parece que já foi há uns tempos, mas as ondas de choque só agora me chegaram.
Parece que muita gente está 'incomodadíssima' com uns cartoons de Maomé publicados originalmente num jornal dinamarquês.
Parece que muita gente, neste que se diz o 'primeiro mundo', não quer que a liberdade quando nasça seja para todos.
Parece que temos que voltar a avisar toda a gente...
Bill Gates e a Ota
Depois do estardalhaço em torno da "desinteressada" visita do senhor Bill Gates, e mais ou menos assente a poeira, estou admirado que ninguém tenha questionado a razão da paragem do senhor em Portugal.
Foi a leitura do 'Portugal dos pequeninos' que me acordou...
A estadia de Bill Gates provou à saciedade a urgência, a importância, diria a inevitabilidade, de construir o novo aeroporto na Ota: afinal, o senhor aterrou em Lisboa por ser o aeroporto europeu mais perto dos EUA...