segunda-feira, setembro 19, 2005

Maluco bloqueia cidade...
... e a PSP deixa
Um cromo qualquer, que se diz ter sido polícia, bloqueou hoje a minha cidade (ou melhor, parte dela), fechando-se numa auto-caravana estacionada à porta do Tribunal.
Ao que parece, o homem contesta uma qualquer decisão do Tribunal e ameaça fazer ir pelos ares o veículo em que se encerrou, o Tribunal e mais uns edifícios ali à volta.
Isto aconteceu às primeiras horas da manhã e agora, cerca das 18 horas, mantém-se o aparato: polícias por todos os lados, PJ's idem, mirones às carradas, jornalistas aos montes. Tudo bem! Cada um faz do seu tempo o que quer ou pode.
O que me parece muito mal é que se permita o bloqueio do trânsito ao nível do que se está a verificar, com a cidade quase cortada ao meio e à hora de saída dos empregos e das escolas.
Ao que se diz, a polícia prepara-se para uma intervenção nocturna, supostamente para ocorrer longe dos olhares da populaça...
Ora, e salvo melhor opinião, isto é inconcebível: em primeiro lugar, pela imagem de ineficiência que transmite e pelo sinal de desrespeito ao próprio Tribunal, fechado por um único tipo; em segundo lugar, pelos transtornos continuados que causa às pessoas.
Se a polícia não pode ou não quer dialogar com o tipo (ou se o 'diáologo' não chega a lado nenhum) há que intervir. E se a situação é grave e complicada, evacuam-se os edifícios, afastam-se mirones, jornalistas e quejandos e actua-se!
Admito que fosse preciso montar o esquema, chamar especialistas... Mas este circo, francamente!, é de mais.
A PSP da minha cidade é branda com marginais e quejandos e dura com os pacatos. A PSP da minha cidade (melhor, o seu comandante) permite-se até ter opiniões sobre o governo local. A PSP da minha cidade não sabe bem o que anda a fazer.
Ou será que é a PSP no seu todo? Com o País neste estado nem me admiraria...
O facto é que a ordem pública foi alterada (não posso circular por onde quero!) e, por enquanto, cerca de dez horas depois da ocorrência, nada foi feito para restabelecer a normalidade.