segunda-feira, julho 07, 2003

Feios, porcos e maus
Abatam-se todos os porcos, prendam-se os porqueiros!
Não há, não pode haver, meias medidas. Se uma "classe profissional" não respeita minimamente as regras, se um sector económico só sabe chorar e pedinchar, nada fazendo para auto-regular a sua actividade, acabe-se com ela (classe) e com ele (sector).
Eles são muitos, sabe-se. Mas são muito menos que os outros, os cidadãos que têm que conviver com eles e com a porcaria que produzem e deitam para os cursos de água. A paciência tem limites, a tolerância não é infinita.
E se o diálogo e os alertas, as tentativas de consciencialização falham, restam as medidas drásticas: abatam-se os porcos - todos -, fechem-se as explorações, se necessário com legislação de excepção. Ou a saúde pública não será um dos direitos superiores dos cidadãos e das sociedades?
Se Leiria, há dez meses, teve que fechar as torneiras, pode-se muito bem fechar as portas aos porqueiros. E pode-se, deve-se, responsabilizar quem permite que esta situação se verifique. O Ministério do Ambiente tem de ser directamente responsabilizado. Não pode haver desculpa de falta de dinheiro, de falta de pessoal: mobilize-se a GNR, o Exército, a Judiciária, seja quem for.
Isto não pode continuar a acontecer. E será que as autarquias - a de Leiria em primeiro lugar - admitem continuar a aceitar que o nome dos seus concelhos seja manchado por porcarias destas? Meia dúzia - ou várias dúzias - de energúmenos não podem continuar impunemente a ganhar dinheiro à custa da saúde dos outros, à custa do nome dos concelhos onde estão instalados.
Já chega!

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