quinta-feira, julho 31, 2003

Eis a chave!
Pois é... Precipitei-me para aqui, para debitar o que sobre fogos me ia na alma antes de acabar a leitura dos jornais. E fiz mal.
A resposta a muitas das questões levantadas abaixo ("Os fogos... de novo", "Sobre os incêndios" e "Os fogos e os bombeiros") está no "Jornal de Notícias" de hoje e só lá faltam os nomes, moradas e números de telefone de quem ganha com os fogos e de quem é culpado por o País arder tanto. De leitura obrigatória.
E porque o exemplar do jornal pode perder-se, ficam aqui alguns excertos, com a devida vénia ao jornal e aos jornalistas autores do texto:
(...) Pedro Lopes, vice-presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) com a pasta da Análise de Riscos, garante que foram mantidas todas as acções de prevenção desenvolvidas pela ex-CNEFF. Admite, ainda assim, que houve cortes nalgumas verbas. O mais notório foi para a vigilância móvel de florestas. Passou-se de uma cobertura de 24 horas diárias a um único turno, "pelas horas de maior calor".
(...) Emílio Vidigal não poupa críticas (violentas) ao facto de continuar a ser muito maior o investimento feito em combate a fogos do que em prevenção. "O sr. ministro tinha prometido reforçar a prevenção, mas, em Março, fomos confrontados com a cedência aos lóbis da indústria de combate a fogos", afirma.
Sublinhando que "os produtores estão muito agradecidos à abnegação dos bombeiros", o vice-presidente da FPFP [Federação dos Produtores Florestais de Portugal] argumenta que esse trabalho no terreno não deve ser confundido com a indústria que lhe está subjacente. Apontando a espectacularidade de meios humanos destacados para o incêndio do Fundão, afirma que esta "comove os produtores do ponto de vista humano, mas não prático": "Só servem para alimentar o folclore da indústria dos bombeiros".

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