quinta-feira, novembro 11, 2004

Que raio de governo é este?
Isto está cada vez mais negro. Negro mesmo. Tão negro que até interrompo o silêncio de meses para desabafar.
Esta conjunto de pessoas que nos governa não tem ponta por onde se pegue. Olhando à volta, só se vêem disparates, protecção dos maiores, pé em cima dos pequenos.
Sobre as interferências na comunicação social já se escreveu o suficiente... Sobre o gajo das Finanças, fica aí atrás...
São tantas e tantas, que não é possível batê-las todas. Uma das últimas tem a ver com o encerramento de um número não especificado de maternidades, evidentemente no interior. Diz o tipo que ‘faz de’ ministro ser impossível manter equipas que não façam xis partos por ano: que perdem ‘qualificações’, blá, blá.
Então, obrigam-se as grávidas a fazer não sei quantos quilómetros (sim, bem sei que agora a distância se mede em unidades de tempo, mas no interior as coisas não são bem assim), porque serão melhor assistidas.
Tá-se a ver a coisa...
Para já, vão aumentar os nascimentos a bordo de ambulâncias. Depois, imagine-se o que esta medida vai ajudar a estancar a desertificação e a incentivar a ‘deslocalização’ de pessoas para aquelas zonas!
Começaram por fechar as escolas. Agora são as maternidades... O futuro é brilhante! Como as mentes que parem estas políticas...
Sua eminência o fariseu
O ministro das Finanças que temos que aturar voltou a fazer das suas.
Numa intervenção que creio ninguém ter percebido na plenitude – o que, além do mais, seria um risco porque naturalmente será desmentida nas próximas horas – veio ‘corrigir’ algumas ideias feitas sobre a descida do IRS.
Afinal (?!), os respectivos efeitos não se fazem sentir no próximo ano, mas sim (?!) faseadamente em 2005 e 2006.
Para lá de todos os ziguezagues deste governo e dos constantes desmentidos, confirmações e infirmações, há algo na actuação deste fariseu com cara de rato de sacristia que me provoca asco. ‘Sua excelência’ aparece sempre com um ar seráfico, como se estivesse permanentemente torturado pela consciência quando se vê forçado a tomar certas decisões.
É insuportável, a criatura! Típica figura do ‘católico’ português, que é muito da igreja, onde deve bater imenso com a mão no peito, ‘papar’ umas hóstias e falar imenso com os padres...
Cá fora, então, revela-se na plenitude. Lembram-se do ‘código do trabalho’ e de outros ‘assaltos’ aos trabalhadores? Lembram-se quem arranjou emprego à Celeste Cardona (como e quanto)?
E lembram-se da entidade bancária com que está a ser negociada uma coisa qualquer que vai deixar lucros importantes? Pois, exactamente, precisamente com o seu ex-patrão...