sábado, abril 30, 2005

Há 60 anos, em Berlim...
Hoje, há 60 anos, Adolf Hitler terá dado um tiro na cabeça. Provavelmente nunca se saberá se se suicidou ou foi suicidado, nem me parece que isso seja muito importante.
A morte do ditador, de uma das mais sinistras figuras do século XX (quiçá de sempre...), nada acrescentou ao desfecho da guerra que provocara, sendo apenas o corolário lógico da demência do regime nazi.
Quarenta e oito horas antes, Mussolini – seu aliado – fora assassinado. Vinte e quatro horas antes, a Itália rendera-se aos Aliados. Quarenta e oito horas depois, o exército soviético ocupa o que resta de Berlim.
Era o fim de anos de demência, crueldade extrema, da pior guerra que o Mundo vivera. Era o fim de um dos períodos mais fascinantes da História. Como foi possível?
Como foi possível que um povo inteiro seguisse – e fosse de alguma forma cúmplice – de um homem como Hitler? Como foi possível que as democracias ocidentais não percebessem o que ali vinha? Como foi possível Munique?
Como foi possível? Quem leu ‘A minha luta’ – e os líderes democratas tinham a obrigação de o ler… – não podia ter dúvidas… Estava lá tudo: o ódio aos judeus e outras “raças inferiores”, a supremacia dos alemães, a necessidade do “espaço vital”…
É esse o fascínio. Por mais que leia, não consigo perceber como foi possível.
Hoje, guardemos um minuto de silêncio pelas incontáveis vítimas do nazismo.

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