Há 60 anos, em Berlim...
Hoje, há 60 anos, Adolf Hitler terá dado um tiro na cabeça. Provavelmente nunca se saberá se se suicidou ou foi suicidado, nem me parece que isso seja muito importante.
A morte do ditador, de uma das mais sinistras figuras do século XX (quiçá de sempre...), nada acrescentou ao desfecho da guerra que provocara, sendo apenas o corolário lógico da demência do regime nazi.
Quarenta e oito horas antes, Mussolini – seu aliado – fora assassinado. Vinte e quatro horas antes, a Itália rendera-se aos Aliados. Quarenta e oito horas depois, o exército soviético ocupa o que resta de Berlim.
Era o fim de anos de demência, crueldade extrema, da pior guerra que o Mundo vivera. Era o fim de um dos períodos mais fascinantes da História. Como foi possível?
Como foi possível que um povo inteiro seguisse – e fosse de alguma forma cúmplice – de um homem como Hitler? Como foi possível que as democracias ocidentais não percebessem o que ali vinha? Como foi possível Munique?
Como foi possível? Quem leu ‘A minha luta’ – e os líderes democratas tinham a obrigação de o ler… – não podia ter dúvidas… Estava lá tudo: o ódio aos judeus e outras “raças inferiores”, a supremacia dos alemães, a necessidade do “espaço vital”…
É esse o fascínio. Por mais que leia, não consigo perceber como foi possível.
Hoje, guardemos um minuto de silêncio pelas incontáveis vítimas do nazismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário