sexta-feira, março 11, 2005

11-M
Passa hoje um ano sobre o maior (ou um dos maiores) ataque terrorista na Europa. Quase 200 mortos em Madrid, mais de 1500 feridos, um trauma que não se apagará tão cedo.
Por isso, nos últimos dias quase não se ouve falar de (nem se lê sobre) outra coisa e, hoje mesmo, há um imenso desfilar de personalidades na capital espanhola.
Mas há um outro 11-M que inexplicavelmente passa (quase) despercebido. Hoje, cumprem-se 30 anos sobre o 11 de Março português, uma intentona (ainda mal explicada) que abriu caminho à quase total colectivização da economia portuguesa. E sobre isso, e as suas consequências até à actualidade, nada se ouve, nada se vê, nada se lê...
Admito que seja ainda cedo para se conhecer a verdadeira história do 11 de Março de 1975, sobre o ataque ao RALIS, sobre a 'reacção' do Conselho da Revolução: recorde-se, a nacionalização da banca e dos seguros, dos cimentos e de imensas outras pequenas, médias e grandes empresas.
A 'história' vai dizendo que foi uma intentona da extrema-direita, envolvendo Spínola... Provavelmente foi. Mas era bom que soubéssemos toda a verdade, que fosse possível perceber como a extrema-esquerda reagiu tão pronta e radicalmente. As nacionalizações, o 'pacto MFA-partidos' que condicionou a Constituição...
Hoje, eu gostava de saber por que razão (ou razões) ninguém fala disto...

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