terça-feira, janeiro 16, 2007

Sobre o QREN (ou lá como se chama)
Sexa o primeiro-ministro apresentou há poucas horas o QREN (ou lá como se chama o futuro quadro comunitário de apoio).
Não conheço para além de umas linhas muito gerais que, aliás, já ouvi referir há muito. Parece que privilegia os investimentos em anos pré-eleitoral e eleitoral, que vai ‘apostar’ na formação e educação e que só contempla investimentos supra-municipais.
Quanto à aposta no calendário eleitoral… surpresa nenhuma, porque deste governo e deste PS não se espera outra coisa.
Quanto à prioridade na formação e na educação… admito que há que esperar para ver.
Quanto ao financiamento apenas de investimentos supra-municipais, meus caros que (não) me lêem, “saltou-me a tampa” quando ouvi os comentários de um tal Sérgio Figueiredo, parece que director de um qualquer ‘jornal económico’ no Telejornal (sim, o da RTP! Os outros noticiários não se chamam assim). Considera o indígena que esta restrição é qualquer coisa de piramidal, quiçá mesmo ‘ri-fixe’, que – até que enfim! – os autarcas vão deixar de poder construir pavilhões e outros equipamentos em todos os Concelhos!
Este tipo de argumentação é cretino, estúpido, centralista, egoísta e muitas outras coisas que não escrevo! Este tipo de argumentação é típico de gente que habita em Lisboa ou no Porto, com tudo ao pé da porta.
Este tipo de argumentação revela o salazarismo que há em tanta e tanta gente! Portugal é Lisboa (e, vá lá, o Porto…) e o resto é habitado por uns pacóvios que deviam agradecer permanentemente a ‘graça’ de serem governados por estas azémolas. Para estes colonialistas, tudo está bem desde que investido em Lisboa (muito) e no Porto (menos, mas alguma coisa). O resto… o resto se quiser civilizar-se que vá viver para as ‘áreas metropolitanas’ de Lisboa e do Porto.
Apetece-me partir a cabeça a estas bestas! Apetece-me alinhar com um qualquer movimento radical de protesto. Apetece-me entrar pela televisão dentro e dar voz à revolta.
Pavilhões? Sim, em Lisboa e no Porto; em Porto de Mós? Nem pensar, vão a Leiria!
Piscinas? Sim, no Porto e em Lisboa; em Mirandela? Nem pensar, vão a Bragança!
Teatros, cinemas? Sim, imensos ‘multiplex’ em Lisboa e no Porto; em Mangualde? Nem pensar, vão a Viseu!
Ah! É verdade… Parece que neste tal de QREN metade da verba é para construir o TGV! De onde para onde? De Lisboa para o Porto e vice-versa…

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