quinta-feira, novembro 11, 2004

Sua eminência o fariseu
O ministro das Finanças que temos que aturar voltou a fazer das suas.
Numa intervenção que creio ninguém ter percebido na plenitude – o que, além do mais, seria um risco porque naturalmente será desmentida nas próximas horas – veio ‘corrigir’ algumas ideias feitas sobre a descida do IRS.
Afinal (?!), os respectivos efeitos não se fazem sentir no próximo ano, mas sim (?!) faseadamente em 2005 e 2006.
Para lá de todos os ziguezagues deste governo e dos constantes desmentidos, confirmações e infirmações, há algo na actuação deste fariseu com cara de rato de sacristia que me provoca asco. ‘Sua excelência’ aparece sempre com um ar seráfico, como se estivesse permanentemente torturado pela consciência quando se vê forçado a tomar certas decisões.
É insuportável, a criatura! Típica figura do ‘católico’ português, que é muito da igreja, onde deve bater imenso com a mão no peito, ‘papar’ umas hóstias e falar imenso com os padres...
Cá fora, então, revela-se na plenitude. Lembram-se do ‘código do trabalho’ e de outros ‘assaltos’ aos trabalhadores? Lembram-se quem arranjou emprego à Celeste Cardona (como e quanto)?
E lembram-se da entidade bancária com que está a ser negociada uma coisa qualquer que vai deixar lucros importantes? Pois, exactamente, precisamente com o seu ex-patrão...

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